Projeto “Máscaras do Bem” de Ribeirão Preto é reconhecido internacionalmente

17 - 02 - 2021- Franca

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Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard e da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou a eficácia do desempenho das máscaras produzidas pelo projeto “Máscaras do Bem”, de Ribeirão Preto. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) foram destinados para uso de profissionais da saúde e também para uso doméstico, distribuídos aos usuários do SUS e comunidades carentes da cidade.

O estudo examinou a resposta de um grupo de voluntários em Ribeirão Preto, enquanto a cidade enfrentava uma demanda sem precedentes por máscaras faciais, durante o início da crise da Covid-19, em 2020. O desempenho das máscaras artesanais foi comparado com a industrializada equivalente, uma comparação entre dois projetos paralelos que produziram máscaras descartáveis para profissionais de saúde e máscaras reutilizáveis para a comunidade.

O resultado do estudo será útil para comunidades que, por ventura, passem por alguma epidemia. Além disso, podem ser obtidos conhecimentos a partir das experiências em Ribeirão Preto quanto aos esforços contínuos para melhorar as respostas baseadas na comunidade para futuras emergências de saúde, bem como para o desenvolvimento de diretrizes oficiais sobre a produção artesanal de EPI.

No início do trabalho, em abril de 2020, o grupo tinha como meta a produção de 7,5 mil máscaras, mas até julho, quando o trabalho foi encerrado, foram produzidas mais de 38 mil máscaras e EPIs. A operacionalização do projeto contemplou estrutura logística, captação de recursos, doações, orçamentos, compras, transporte solidário, corte, costura, montagens dos kits, finalização, distribuição e prestação de contas.

Segundo a coordenadora do projeto, Emília Chayamiti, a capacidade de produção pelo grupo de voluntários foi potencializada para destinar máscaras de uso doméstico para o maior número possível de pessoas. “Achei fantástico, é um sentimento de gratidão e de ter colaborado com este trabalho de voluntariado. O trabalho coletivo é compensador e o resultado final é outro”, relata.


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